sexta-feira, 31 de maio de 2013

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA



Toda a criança. 
Seja de que raça for, 
Seja negra, branca, vermelha, amarela, 
Seja rapariga ou rapaz. 
Fale que língua falar 
Acredite no que acreditar, 
Pense no que pensar, 
Tenha nascido seja onde for, 
Ela tem direito… 

Aproveita e faz uma aventura AQUI


terça-feira, 28 de maio de 2013

Uma aventura literária- concurso 2013- MENÇÃO HONROSA


Participaram neste concurso 10125 trabalhos.Conseguir uma MENÇÃO HONROSA é um excelente estímulo para começar a gostar de escrever. Por isso, os nossos Parabéns à Bruna Margarida e a todos os meninos que participaram no concurso.
O vosso Diploma de Participação já se encontra na Biblioteca.
 Passem por lá.


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Maria dos olhos grandes e Zé Pimpão

«PARA SE TER UM AMIGO, TEM QUE SE SER AMIGO»










quarta-feira, 22 de maio de 2013

DIA DO AUTOR PORTUGUÊS

Pelouro da Cultura
DIA DO AUTOR PORTUGUÊS DIVULGA HISTÓRIA DE MANUELA RIBEIRO

21.05.2013


Amanhã, 22 de maio, assinala-se o Dia do Autor Português e a Biblioteca Municipal Rocha Peixoto irá associar-se às Bibliotecas Municipais da Área Metropolitana do Porto na comemoração da data.
 “Vem conhecer os meus autores…”  dá mote à iniciativa que terá lugar às 10h30 e se desenvolve do seguinte modo: a Biblioteca Municipal da Póvoa de Varzim recebe pela parte da Biblioteca Municipal da Trofa a atividade Literatura – Ana Paula Figueiredo e Pedro Emanuel Figueiredo – livro “Pitanga a Galinha dos Dentes de Cristal”, direcionada para o público do 1º ciclo e a Biblioteca Municipal da Póvoa de Varzim levará à Biblioteca Municipal da Trofa a escritora Manuela Costa Ribeiro, autora do livro infanto-juvenil "Rosa e os feitiços do mar" para dar a conhecer ao público infantil esta história.
A atividade proposta tem o objetivo de dar a conhecer os autores de cada um dos municípios da AMP, de forma a divulgá-los a públicos diferentes em cada uma das bibliotecas municipais.



segunda-feira, 20 de maio de 2013

A Árvore Generosa

Depois da história que ouviste, dá-lhe um outro fim. Coloca-o aqui como comentário.

OUTRA HISTÓRIA PARA TI


 "Meninos de todas as cores" de Luísa Ducla Soares




Depois de ouvires a história, verifica se entendeste bem a história entrando AQUI

sábado, 18 de maio de 2013

A árvore das tuas leituras



sexta-feira, 17 de maio de 2013

Valter Hugo Mãe / As bibliotecas




Valter Hugo Mãe / As bibliotecas



As bibliotecas são como aeroportos. São lugares de viagem. Entramos numa biblioteca como quem está a ponto de partir. E nada é pequeno quando tem uma biblioteca. O mundo inteiro pode ser convocado à força dos seus livros. Todas as coisas do mundo podem ser chamadas a comparecer à força das palavras, para existirem diante de nós como matéria da imaginação. As bibliotecas são do tamanho do infinito e sabem toda a maravilha.
Os livros são família direta dos aviões, dos tapetes-voadores ou dos pássaros. Os livros são da família das nuvens e, como elas, sabem tornar-se invisíveis enquanto pairam, como se entrassem para dentro do próprio ar, a ver o que existe dentro do ar que não se vê.
O leitor entra com o livro para dentro do ar que não se vê.
Com um pequeno sopro, o leitor muda para o outro lado do mundo ou para outro mundo, do avesso da realidade até ao avesso do tempo. Fora de tudo, fora da biblioteca. As bibliotecas não se importam que os leitores se sintam fora das bibliotecas.
Os livros são toupeiras, são minhocas, eles são troncos caídos, maduros de uma longevidade inteira, os livros escutam e falam ininterruptamente. São estações do ano, dos anos todos, desde o princípio do mundo e já do fim do mundo. Os livros esticam e tapam furos na cabeça. Eles sabem chover e fazer escuro, casam filhos e coram, choram, imaginam que mais tarde voltam ao início, a serem como crianças. Os livros têm crianças ao dependuro e giram como carrosséis para as ouvir rir.
Os livros têm olhos para todos os lados e bisbilhotam o cima e baixo, o esquerda e direita de cada coisa ou coisa nenhuma. Nem pestanejam de tanta curiosidade. Querem ver e contar. Os livros é que contam.
As bibliotecas só aparentemente são casas sossegadas. O sossego das bibliotecas é a ingenuidade dos incautos. Porque elas são como festas ou batalhas contínuas e soam trombetas a cada instante e há sempre quem discuta com fervor o futuro, quem exija o futuro e seja destemido, merecedor da nossa confiança e da nossa fé.
Adianta pouco manter os livros de capas fechadas. Eles têm memória absoluta. Vão saber esperar até que alguém os abra. Até que alguém se encoraje, esfaime, amadureça, reclame o direito de seguir maior viagem. E vão oferecer tudo, uma e outra vez, generosos e abundantes.
Os livros oferecem o que são, o que sabem, uma e outra vez, sem refilarem, sem se aborrecerem de encontrar infinitamente pessoas novas. Os livros gostam de pessoas que nunca pegaram neles, porque têm surpresas para elas e divertem-se a surpreender. Os livros divertem-se. As pessoas que se tornam leitoras ficam logo mais espertas, até andam três centímetros mais altas, que é efeito de um orgulho saudável de estarem a fazer a coisa certaLer   livros é uma coisa muito certa. As pessoas percebem isso imediatamente. E os livros não têm vertigens. Eles gostam de pessoas baixas e gostam de pessoas que ficam mais altas.  Depois da leitura de muitos livros pode ficar-se com uma inteligência admirável e a cabeça acende como se tivesse uma lâmpada dentro. É muito engraçado. Às vezes, os leitores são tão obstinados com a leitura que nem acendem a luz. Ficam com o livro perto do nariz a correr as linhas muito lentamente para serem capazes de ler. Os leitores mesmo inteligentes aprendem a ler tudo. Leem claramente o humor dos outros, a ansiedade, conseguem ler as tempestades e o silêncio, mesmo que seja um silêncio muito baixinho. Os melhores leitores, um dia, até aprendem a escrever. Aprendem a escrever livros. São como pessoas com palavras por fruto, como as árvores que dão maçãs ou laranjas. Dão palavras que fazem sentido e contam coisas às outras pessoas.
Já vi gente a sair de dentro dos livros. Gente atarefada até com mudar o mundo. Saem das palavras e vestem-se à pressa com roupas diversas e vão porta fora a explicar descobertas importantes. Muita gente que vive dentro dos livros tem assuntos importantes para tratar. Precisamos de estar sempre atentos. Às vezes, compete-nos dar despacho. Sim, compete-nos pôr mãos ao trabalho. Mas sem medo. O trabalho que temos pela escola dos livros é normalmente um modo de ficarmos felizes.
Este texto é um abraço especial à biblioteca da escola Frei João, de Vila do Conde, e à biblioteca do Centro Escolar de Barqueiros, concelho de Barcelos. As pessoas que ali leem livros saberão porquê. Não deixa também de ser um abraço a todas as demais bibliotecas e bibliotecários, na esperança de que nada nos convença de que a ignorância ou o fim da fantasia e do sonho são o melhor para nós e para os nossos. Ler é esperar por melhor. J


 In  jornaldeletras.sapo.pt ,  15 a 28 de maio de 2013